Pular para o conteúdo

SBT News: O que disseram os presidenciáveis no debate

Foram mais de duas horas em que os candidatos à presidência discutiram propostas, teceram críticas e concederam elogios a seus rivais durante o debate realizado no sábado (24) pelo pool de veículos formado por SBT, CNN Brasil, Veja, Estadão/Eldordo e Nova Brasil.

Na pauta dos presidenciáveis presentes estiveram orçamento secreto, fome, emprego e o ausente candidato Luís Inácio Lula da Silva, mostra levantamento da Lagom Data para o SBT News.

Confira abaixo as palavras mais ditas pelos presidenciáveis e os interlocutores que cada um deles buscou com mais frequência.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo a nuvem de palavras a seguir, focou em propagandear feitos de seu governo e em tentativas de se desvincular do orçamento secreto –emendas distribuídas pelos presidentes da Câmara Federal e do Senado, que o Planalto tem usado como moeda de troca em negociações políticas.

Para isso, procurou dobradinha com o autoproclamado padre ortodoxo Kelmon Silva Souza (PTB), que assumiu o lugar de Roberto Jefferson –preso por suposto envolvimento com milícias digitais ultraconservadoras, segundo inquérito do Supremo Tribunal Federal.

À exceção dos candidatos Kelmon e Soraya Thronicke (UB), O termo “Brasil” ganhou destaque nas falas de todos os presidenciáveis. Pela organização do debate, eles tiveram de dialogar com os cinco concorrentes que compareceram.

Bolsonaro também repetiu várias vezes os termos “senhora” e “senadora”, visto que Tebet foi a sua principal interlocutora entre os candidatos que pontuam nas pesquisas de intenção de voto.

Visto cochichando com o presidente, Ciro Gomes (PDT) buscou diálogo principalmente com Thronicke. Ele manteve a estratégia de criticar um cenário de “polarização odienta”, comparando as campanhas de Bolsonaro à do ex-presidente Lula, ausente no sábado.  Foi ele quem mais mencionou o ex-presidente.

Desse modo, o tópico “corrupção” foi o que teve mais destaque nos posicionamentos do pedetista.

Já Simone Tebet (MDB) foi quem mais buscou o confronto direto com Bolsonaro. Embora tenha tocado no tema corrupção, a senadora mirou em pautas positivas como a geração de empregos, o combate à fome e o espaço das mulheres na política.

Thronicke falou sobretudo da proposta de imposto único de seu vice, o economista Marcos Cintra (UB).

Felipe D’Ávila (Novo) criticou o tamanho da máquina administrativa brasileira e casos de corrupção que a envolveram.

Kelmon escolheu incensar Bolsonaro, que também foi seu principal interlocutor, como indica a predominância das palavras “presidente” e “república”” em seu discurso.