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SBT News: o que mudou na família brasileira

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Famílias são cada vez menores e mais verticais

Passamos a viver por mais tempo, ter menos filhos e a disputar espaço com menos gente em casa, além das uniões ficarem para mais tarde. Tudo isso apenas nos 40 anos de funcionamento do canal SBT, de acordo com levantamento da Lagom Data. São mudanças que influenciam nossos comportamentos e hábitos de consumo.

Em 1981, uma mulher brasileira tinha, em média, quatro filhos, uma taxa acima da média mundial. Hoje, os números do Brasil ficam levemente acima dos registrados em países de alta renda — e abaixo de dois filhos por mulher, o que os demógrafos chamam de "taxa de reposição". Confira mais detalhes no gráfico abaixo.

A quantidade de crianças cai em paralelo a outro fenômeno importante: se em 1981 as brasileiras perdiam 7% dos bebês até seu primeiro ano de vida, hoje a mortalidade infantil se tornou mais rara. Pouco mais de um a cada cem bebês morreram antes do seu primeiro aniversário em 2019. É uma queda significativa, numa taxa semelhante à observada em países ricos nos anos 1980.

No mesmo período, o brasileiro começou a viver mais. De acordo com a professora da UFMG, Simone Wajnman, "com a maior longevidade (dos idosos) as pessoas têm mais verticalidade nas famílias. Então é muito comum, crianças pequenas que são ativamente educadas não apenas pelos pais, mas também pelos avós, às vezes pelos bisavós, e, o que é mais frequente, é ter muitos adultos para poucas crianças".

Um outro indicador importante do aumento no número de famílias que vivem com parentes é que as mulheres deixam para casar mais tarde. Em 1980 havia muitos casamentos de meninas com menos de 20 anos, hoje eles praticamente sumiram do mapa. Nas últimas décadas, também aumentou a proporção de casamentos após os 30 anos, coisa que era rara em 1981.

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