O diretor da Lagom Data foi entrevistado pelo Jornal Nacional sobre as mortes nas capitais. A análise da Lagom Data publicada pela Folha de S.Paulo na manhã de 9 de junho virou uma das principais notícias do Jornal Nacional na noite do mesmo dia.
A reportagem, feita pela Globo Minas, que mostrava que, em algumas capitais brasileiras, mortes classificadas com causa genérica (Síndrome Respiratória Aguda Grave não específica) chegavam a representar doze vezes o total de mortes reconhecidamente causadas pela Covid-19.
O diretor da Lagom Data e autor da análise, Marcelo Soares, foi um dos entrevistados. Também foi entrevistado o secretário de Saúde de Minas Gerais, que reconheceu ter feito poucos testes para guardar os insumos até um momento em que eles realmente fossem considerados necessários pelo governo.
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Assista ao vídeo completo abaixo:
Soares defendeu que, além da divulgação diária que fazem dos novos casos confirmados e mortes registradas causadas pela Covid-19, os governos deveriam também informar sobre os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave não específica, considerados pela Fiocruz um indicador de suspeita de presença de Covid.
“Não adianta a gente dizer ‘estamos bem porque estamos com poucas mortes por Covid’ e dali a pouco ter trezentas pessoas que morreram de síndrome respiratória. Isso não é bom; são pessoas morrendo também. É importante focarmos nos dois dados para termos uma visão mais real do que está acontecendo. O problema não é o nome da causa da morte. As pessoas estão morrendo de uma doença respiratória, morrem sem conseguir respirar – chame-se isso pelo nome que for. Às vezes, a impressão que dá é que para o governo se não chamar de Covid não é um problema. Isso é bastante complicado”, disse o diretor.